Dor no pulmão: 10 principais causas (e o que fazer)

A dor no pulmão pode ser causada por infecções respiratórias, como tuberculose, pneumonia ou COVID-19, pleurisia, asma, enfisema ou embolia, pulmonar, por exemplo. Geralmente, quando uma pessoa diz que tem dor no pulmão, significa que tem uma dor na região do peito, isto porque o pulmão quase não tem receptores de dor.

Assim, apesar de algumas vezes a dor estar relacionada com problemas nos pulmões, essa dor também pode estar sendo causada por problemas em outros órgãos, ou mesmo estar relacionada com os músculos ou articulações.

O ideal é que sempre que apresente algum desconforto na região do peito, que não melhora com o tempo, que piora rapidamente ou que não desaparece após 24 horas, se vá a um atendimento médico para avaliação, solicitação de exames quando necessário e despistar problemas cardíacos. Confira o que pode causar dor no peito e o que fazer.

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Principais causas

As causas mais comuns para o aparecimento de dor no pulmão são:

1. Pleurisia

A pleurisia, também conhecida por pleurite, caracteriza-se pela inflamação da pleura, que é a membrana que reveste os pulmões e o interior do tórax, podendo causar sintomas como dor na região do peito e costelas ao respirar profundamente, tosse e dificuldade para respirar.

Geralmente, este problema surge devido ao acúmulo de líquido entre as duas camadas da pleura, sendo mais frequente em pessoas com problemas respiratórios, como gripe, pneumonia ou infecções pulmonares. Confira com mais detalhe os sintomas que podem indicar pleurisia.

O que fazer: sempre que existir suspeita de pleurisia é muito importante ir a um atendimento médico ou consultar um pneumologista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado. O tratamento depende da causa que origina a pleurisia, mas os sintomas podem ser aliviados com anti-inflamatórios como o ibuprofeno, por exemplo, receitados pelo médico.

2. Infecção respiratória

As infecções no pulmão, como a tuberculose e a pneumonia, também podem causar dor no peito, manifestando-se com sintomas como dificuldade para respirar, excesso de produção de muco, tosse com ou sem sangue, febre, arrepios e suores noturnos. Veja como identificar uma infecção respiratória.

O que fazer: em caso de suspeita de infecção no pulmão, deve-se ir imediatamente ao médico para evitar que o problema se agrave. Geralmente, o tratamento inicial é feito com administração de antibióticos e outras medicações para alivio de outros sintomas.

3. COVID-19

A COVID-19 é uma infecção causada pelo vírus SARS-CoV-2, que leva ao aparecimento de sintomas semelhantes aos de uma gripe, como febre superior a 38ºC, dor de cabeça, garganta inflamada, mal estar geral e tosse seca e persistente, o que pode causar a sensação de dor nos pulmões, além de poder haver dificuldade para respirar, nos casos mais graves.

O que fazer: em caso de suspeita de COVID-19, é indicado realizar um teste de antígeno ou o PCR para confirmar a infecção. Caso seja confirmada a doença, é importante que a pessoa fique em isolamento e siga as orientações indicada pelo médico, que pode indicar repouso e uso de medicamentos para aliviar os sintomas. Nos casos graves, em que há dificuldade para respirar e sintomas mais intensos, é importante ir ao hospital para que o tratamento mais adequado seja iniciado. Saiba mais sobre a COVID-19.

4. Asma

A asma é uma doença crônica dos pulmões que causa irritação e inflamação das vias aéreas e numa situação de ataque, pode causar dor no peito, chiado, falta de ar e tosse.

O que fazer: geralmente o tratamento da asma faz-se com remédios corticoides e broncodilatadores, e que muitas vezes são usados durante toda a vida. Além disso, existem outras formas de prevenir as crises, como não ter animais dentro de casa, manter a casa limpa, evitar tapetes e cortinas e manter-se longe de tabagistas. Saiba mais sobre o tratamento.

5. Embolia pulmonar

Também conhecida por trombose pulmonar, é uma situação de emergência que se caracteriza pelo entupimento de um vaso sanguíneo do pulmão, em geral devido a um coágulo, que impede a passagem de sangue, causando a morte progressiva da região afetada, resultando em dor ao respirar e falta de ar de inicio súbito e que vai piorando com o tempo. Além disso, a quantidade de oxigênio no sangue diminui, o que faz com que os órgãos do corpo possam ser afetados pela falta de oxigênio.

A embolia é mais comum de acontecer em pessoas que já tiveram uma trombose ou fizeram por uma cirurgia recente ou tiveram que passar um longo tempo sem se mexer.

O que fazer: a pessoa que sofre de embolia pulmonar, deve ser assistida com urgência e o tratamento consiste na administração de anticoagulantes injetáveis, como heparina, por exemplo, que vai ajudar a dissolver o coágulo, para que o sangue circule novamente. Além disso, também pode ser necessário tomar analgésicos, para aliviar a dor no peito, e realização de outros procedimentos a depender da gravidade do quadro do paciente.

6. Atelectasia pulmonar

A atelectasia pulmonar caracteriza-se por uma complicação respiratória que impede a passagem de ar necessária, devido a um colapso dos alvéolos pulmonares, que geralmente ocorre devido a fibrose cística ou tumores e lesões no pulmão, resultando em intensa dificuldade para respirar, tosse persistente e dor constante no peito. 

O que fazer: qualquer alteração que cause intensa dificuldade para respirar deve ser avaliada por um pneumologista o mais rápido possível. Assim, o ideal é que se vá ao hospital. O tratamento depende da causa da atelectasia pulmonar e em casos mais graves pode ser necessário recorrer a cirurgia para limpar as vias aéreas ou mesmo remover a região afetada do pulmão.

7. Enfisema pulmonar

O enfisema pulmonar é uma situação em que os pulmões perdem elasticidade ao longo do tempo, o que resulta na destruição dos alvéolos e surgimento de sintomas como sensação de falta de ar, cansaço excessivo, dor no peito, tosse persistente e chiado no peito. Saiba reconhecer os sintomas de enfisema pulmonar.

O que fazer: é recomendado evitar permanecer em ambientes com muita fumaça ou poluentes, além de evitar fumar, pois podem agravar os sintomas. Além disso, é importante que o pneumologista seja consultado para que a gravidade dos sintomas possa ser avaliada e, assim, ser indicado o tratamento mais adequado, que pode envolver o uso de medicamentos para dilatar as estruturas do pulmão e aliviar os sintomas.

8. Pneumotórax

O pneumotórax acontece quando o ar escapa para o espaço pleural, que é o espaço entre os pulmões e a parede torácica, aumentando a pressão nos pulmões e causando dor intensa ao respirar, sensação de falta de ar, alteração dos batimentos cardíacos e pele azulada, principalmente dos dedos e dos lábios.

O que fazer: é importante ir ao hospital imediatamente assim que surgirem sinais e sintomas indicativos de pneumotórax, pois assim é possível identificar a causa e iniciar o tratamento mais adequado, sendo normalmente realizado um procedimento para retirar o excesso de ar que está acumulado. Entenda melhor como é feito o tratamento para pneumotórax.

9. Problemas cardíacos

Alguns problemas cardíacos, como infarto, angina e arritmia também podem causar a sensação de dor no pulmão devido à dor intensa no peito, além de palpitações, inchaço, cansaço excessivo, respiração mais acelerada. Além disso, no caso do infarto é comum que a dor no peito irradie para o braço, havendo sensação de formigamento.

O que fazer: nesses casos é recomendado consultar o cardiologista para que possam ser feitos exames que ajudem a identificar a alteração cardíaca e iniciar o tratamento mais adequado de acordo com a causa do problema cardíaco.

10. Crise de ansiedade

Em situações de ansiedade ou de ataques de pânico, algumas pessoas podem sentir dor no peito, por respirarem mais rapidamente, o que pode levar a um desequilíbrio entre a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono, gerando também tonturas, dor de cabeça e dificuldades de concentração. Veja como identificar uma crise de ansiedade.

O que fazer: uma boa forma de tentar diminuir a ansiedade e aliviar a dor é fazer respirações para o interior de uma sacola de papel por, pelo menos 5 minutos, tentando controlar a respiração. Caso a dor não melhore, é aconselhado ir ao hospital.

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