Os gases vaginais, ou flatos vaginais, podem ser causados por situações simples, como relações sexuais ou exercícios físicos, ou por condições mais importantes como enfraquecimento do assoalho pélvico e fístulas vaginais.
Conforme a causa dessa condição, os gases vaginais também podem ser acompanhados de outros sintomas, como corrimento e xixi com mau cheiro, dor na barriga ou durante as relações sexuais, incontinência urinária e fecal.
Por isso, se gases vaginais forem acompanhados de outros sintomas, é recomendado consultar o ginecologista para fazer uma avaliação completa e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir o uso de medicamentos, os exercícios de kegel, laserterapia ou, em alguns casos, a cirurgia.
Principais causas
As principais causas de gases vaginais são:
1. Flacidez vaginal
Os gases vaginais podem estar presentes na flacidez vaginal, que é uma condição onde os músculos da vagina perdem o tônus e a força muscular, além de perderem as fibras de colágeno e elastina na mucosa vaginal.
A flacidez vaginal pode ser causada por múltiplas gestações, parto com bebês muito grandes ou partos muito prolongados ou envelhecimento, por exemplo, podendo ser acompanhada de perda de sensibilidade durante a relação sexual, diminuição da libido, perda da autoestima e dificuldade de atingir o orgasmo.
2. Relação sexual
A relação sexual é uma das possíveis causas de gases vaginais, porque a entrada e saída do pênis ou brinquedo sexual, por exemplo, pode empurrar o ar para dentro, que quando são removidos, liberam o ar da vagina.
Durante as relações sexuais, os gases vaginais geralmente acontecem em determinadas posições, como quando a mulher está em quatro apoios, ou quando os joelhos estão dobrados sobre o abdômen, por exemplo. Nestas posições, a musculatura da vagina relaxa um pouco, diminuindo o contato com o pênis e permitindo assim a entrada ou saída de ar.
3. Fístula vaginal
A fístula vaginal é uma abertura entre o canal vaginal e órgãos como bexiga ou intestino, podendo causar a formação de gases vaginais e outros sintomas como corrimento e xixi com mau cheiro, dor na barriga, dor durante as relações sexuais, incontinência urinária e fecal.
A fístula vaginal geralmente é causada por um trauma, como trabalho de parto prolongado, rupturas vaginais durante o parto ou episiotomia, cesarianas, histerectomias, câncer na região pélvica, doenças inflamatórias intestinais, diverticulite ou radioterapia na região pélvica.
4. Exercícios físicos
Alguns exercícios físicos, como ioga, abdominais ou corrida podem causar os gases vaginais, porque a vagina fica levemente aberta durante essas atividades, favorecendo a entrada de ar.
5. Enfraquecimento do assoalho pélvico
O enfraquecimento do assoalho pélvico pode ser causado por situações, como menopausa, envelhecimento, cesarianas, tosse crônica, por exemplo, que favorecem a entrada de ar, provocando os gases vaginais.
Outros sintomas e sinais que também podem surgir com o enfraquecimento do assoalho pélvico são incontinência urinária e fecal,
Como é feito o tratamento
O tratamento dos gases vaginais varia conforme a causa dessa condição, podendo incluir:
- Medicamentos, como antibióticos orais, para combater infecções em casos de fístulas vaginais;
- Cateter urinário, que é um dispositivo indicado para tratar pequenas fístulas entre a vagina e a bexiga;
- Cirurgia, para fechar a fístula, sendo recomendada para o tratamento dos gases vaginais causados por fístula;
- Exercícios de kegel, que ajudam a fortalecer os músculos da região pélvica, sendo indicados para tratar o enfraquecimento dessa musculatura;
- Vaginoplastia, uma cirurgia íntima que ajuda a recuperar o tônus muscular, melhorando a flacidez na vagina;
- Laser ou radiofrequência, que são tratamentos indicados para flacidez na vagina, pois aquecem os tecidos, estimulando a formação de colágeno.
Já os gases vaginais causados por atividades sexuais ou exercícios físicos, não precisam de tratamento.
Como evitar os gases vaginais
Algumas dicas que podem ajudar a evitar os gases vaginais são evitar algumas posições sexuais, como de quatro apoios ou com os joelhos dobrados sobre o abdômen, e fazer pompoarismo e kegel, exercícios que ajudam a fortalecer os músculos do assoalho pélvico.
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