A gravidez molar, também chamada de gravidez em mola ou mola hidatiforme, é uma condição rara que acontece durante a gravidez devido a alterações no útero, provocadas pela multiplicação de células anormais na placenta.
Esta condição pode ser parcial ou completa, dependendo do tamanho do tecido anormal no útero e não tem causa definida, mas pode ocorrer, principalmente, por causa da fecundação de dois espermatozoides em um mesmo óvulo, fazendo com que o feto tenha apenas células do pai.
O tecido anormal que cresce no útero fica com aspecto de cachos de uva e gera malformação na placenta e no feto, causando um aborto espontâneo e, em casos raros, as células deste tecido se espalham e levam ao desenvolvimento de um tipo de câncer, chamado de coriocarcinoma gestacional.
Principais sintomas
Os sintomas da gravidez molar podem ser semelhantes aos de uma gravidez normal, como atraso menstrual, mas após a 6ª semana de gestação pode haver:
- Aumento exagerado do útero;
- Sangramento vaginal de coloração vermelho vivo ou marrom escuro;
- Vômitos intensos;
- Pressão alta;
- Dor abdominal e nas costas.
Depois de fazer alguns exames, o médico obstetra também pode observar outros sintomas da gravidez molar como a anemia, aumento exagerado dos hormônios da tireoide e beta-HCG, cistos no ovários, desenvolvimento lento do feto e pré-eclâmpsia. Confira mais o que é pré-eclâmpsia e como identificar.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da gravidez molar é feito através da realização do ultrassom transvaginal, pois nem sempre o ultrassom normal é capaz de identificar a alteração no útero, sendo que, geralmente, esta condição é diagnosticada entre a sexta e nona semana de gestação.
Além disso, o médico obstetra também indicará exames de sangue para avaliar os níveis do hormônio Beta-HCG, que nestes casos, se encontram em quantidades muito elevadas e se suspeitar de outras doenças poderá recomendar a realização de outros exames como de urina, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
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Possíveis causas
As causas da gravidez molar ainda não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que isto ocorre por causa de alterações genéticas que acontecem quando o óvulo é fecundado por dois espermatozoides ao mesmo tempo ou quando um espermatozoide imperfeito fertiliza em um óvulo saudável.
A gravidez molar é uma condição rara, pode acontecer com qualquer mulher, entretanto, é uma alteração mais comum em mulheres com menos de 20 anos ou com mais de 35 anos.
Como é feito o tratamento
O tratamento da gravidez molar baseia-se na realização de um procedimento chamado curetagem, que consiste na sucção do interior do útero para remover o tecido anormal. Em casos mais raros, mesmo após a curetagem, as células anormais podem permanecer no útero e dar origem a um tipo de câncer, chamado de coriocarcinoma gestacional e, nestas situações, pode ser preciso fazer cirurgia, usar medicamentos quimioterápicos ou realizar radioterapia.
E ainda, se o médico verificar que o tipo sanguíneo da mulher é negativo, poderá indicar a aplicação de um remédio, chamado matergam, para que não ocorra o desenvolvimento de anticorpos específicos, evitando complicações quando a mulher engravidar novamente, como a eritroblastose fetal, por exemplo. Saiba mais o que é eritroblastose fetal e como é feito o tratamento.