Hipóxia: o que é, sintomas, causas e tratamento

Hipóxia é quando a quantidade de oxigênio transportada para as células do corpo é insuficiente, causando sintomas como dor de cabeça, sonolência, suores frios, dedos e boca arroxeados e até desmaios.

Foto doutora realizando uma consulta
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Geralmente, a hipóxia é causada por problemas cardíacos ou doenças pulmonares, mas também pode surgir devido a condições mais simples, como anemia ou subida a altitudes elevadas.

O tratamento da hipóxia depende da sua causa, gravidade e da condição de saúde de cada pessoa, no entanto, na maior parte dos casos, consiste na administração de oxigênio por meio de máscaras ou pela intubação orotraqueal. Esta situação pode gerar sequelas no corpo, por isso ao surgirem os primeiros sintomas, é recomendado ir imediatamente ao hospital ou chamar a ajuda médica.

Imagem ilustrativa número 1
Oxímetro: aparelho que mede a saturação de oxigênio

Sintomas de hipóxia

Os sintomas mais comuns de hipóxia incluem:

  • Dor de cabeça;
  • Sonolência;
  • Aumento dos batimentos cardíacos;
  • Suor frio;
  • Falta de ar;
  • Tontura;
  • Confusão mental ou desmaio;
  • Dedos e boca arroxeados (cianose).

A cianose surge porque os vasos sanguíneos das extremidades do corpo se contraem para enviar mais sangue e mais oxigênio para os principais órgãos do corpo e por causa disso também ocorre o aumento da pressão arterial.

Leia também: Cianose: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento tuasaude.com/cianose

À medida que a hipóxia piora a pressão arterial diminui e a pessoa pode perder a consciência, por isso ao surgirem os primeiros sintomas é necessário ligar imediatamente para a ambulância do SAMU, no 192, para que seja realizado o atendimento médico de urgência, evitando possíveis complicações.

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Como confirmar a hipóxia

A melhor forma de confirmar se existe diminuição dos níveis de oxigênio no corpo é utilizando um oxímetro, que pode ser comprado nas farmácias, mas também em alguns mercados.

O oxímetro é um pequeno aparelho que se coloca na ponta do dedo e que avalia a quantidade de oxigênio no corpo (saturação), indicando o valor em forma de percentagem. Veja como utilizar o oxímetro corretamente.

Se já tem o seu valor de saturação, insira na nossa calculadora para saber se se encontra num valor ideal:

%
Erro
Ex: asma, DPOC, insuficiência cardíaca...
Erro

Nos casos em que não existe um oxímetro em casa, o ideal é ir numa farmácia para fazer a avaliação da saturação de oxigênio ou, em alternativa, ir diretamente a um posto de saúde ou hospital.

Diferença de hipóxia e hipoxemia

A hipoxemia é definida como a baixa concentração de oxigênio no sangue, ou seja, quando a saturação de oxigênio, medida por meio da oximetria de pulso, fica no valor baixo de 90%, já a hipóxia se caracteriza como a redução da oxigenação nos tecidos do corpo. 

Geralmente, os sintomas são muito parecidos, pois a hipóxia pode acontecer como consequência da hipoxemia.

Leia também: Anóxia: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento tuasaude.com/anoxia

Possíveis causas

A hipóxia acontece quando a quantidade de oxigênio nos tecidos é insuficiente e isto pode ser causado por vários motivos, como:

  • Insuficiência respiratória;
  • Asma;
  • Enfisema pulmonar;
  • Edema agudo de pulmão;
  • Pneumonia;
  • Alterações neurológicas causadas por um traumatismo craniano;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Altitudes elevadas.

A hemoglobina, presente no sangue, é responsável pelo transporte de oxigênio para os órgãos do corpo e está em baixa quantidade em pessoas que têm anemia, podendo provocar a hipóxia dos tecidos do corpo, mesmo que a respiração esteja mantida. Outra causa da hipóxia pode ser a intoxicação por produtos como o cianeto, dióxido de carbono e drogas psicoativas.

Leia também: Hemoglobina: o que é, valores (e porque está alta ou baixa) tuasaude.com/hemoglobina

Tipos de hipóxia

Os tipos de hipóxia estão relacionados com a causa da falta de oxigênio no corpo, podendo ser:

  • Hipóxia respiratória: resulta da diminuição da oferta de oxigênio aos pulmões, ocasionada pela ausência ou redução da respiração, seja por alguma doença ou por obstrução das vias aéreas;
  • Hipóxia anêmica: ocorre quando a quantidade de hemoglobina no sangue é muito baixa, levando a diminuição de oxigênio que é transportado na corrente sanguínea;
  • Hipóxia circulatória: surge em situações em que a perda de sangue faz com que as trocas gasosas no pulmão não sejam realizadas de forma correta, como na insuficiência cardíaca;
  • Hipóxia de órgãos específicos: acontece quando a artéria de algum órgão fica obstruída, impedindo a passagem de sangue e diminuindo a quantidade de oxigênio no local, como consequência da aterosclerose, por exemplo.

Também existe um tipo de hipóxia relacionada a malformações cardíacas congênitas, como a tetralogia de Fallot, que faz com que as artérias defeituosas não sejam capazes de conduzir o oxigênio para órgãos importantes do corpo, como o cérebro, por exemplo. Veja mais como é feito o tratamento para tetralogia de Fallot.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a hipóxia é baseado, principalmente, na administração de oxigênio através de máscaras, cateteres nasais ou tendas de oxigênio, características de ventilação não-invasiva. No entanto, nos casos mais graves é indicado introduzir um tubo pela boca para ofertar oxigênio diretamente aos pulmões, conhecida como intubação orotraqueal.

Se a hipóxia for causada por anemia, a administração de oxigênio não terá efeitos satisfatórios, pois mesmo que se aumente a quantidade de oxigênio no corpo, existe uma quantidade insuficiente de hemoglobinas, não sendo capazes de oxigenar todos os tecidos, por isso é preciso fazer transfusão de sangue para fornecer mais hemoglobina para corrente sanguínea. Saiba mais como é feita uma transfusão de sangue.

Da mesma forma, quando as doenças cardíacas graves provocam a hipóxia, acontecem falhas na circulação do sangue e somente garantir a respiração não é o suficiente, sendo necessário corrigir os problemas primeiramente, como cirurgia, por exemplo.

Possíveis sequelas

A hipóxia pode causar sequelas ao corpo e dependem do tempo em que a pessoa esteve sem respirar e do período em que o corpo não teve a quantidade de oxigênio necessária para manter as suas funções vitais. As alterações do sistema nervoso central representam as principais consequências da hipóxia, levando ao comprometimento dos movimentos do corpo e prejudicando as atividades como andar, falar, comer e enxergar.

Em alguns casos, quando a hipóxia é muito grave e a pessoa não tem condições de respirar sozinha, é necessário fazer a intubação, ou seja, precisa ser introduzidos aparelhos para ajudar o processo de respiração, sendo que muitas vezes, o médico indica o coma induzido. Confira o que é coma induzido e outras indicações.