Microplásticos: o que são e quais os riscos para a saúde

Microplásticos são partículas de plástico com menos de 5 mm de diâmetro e se acredita que possam aumentar o risco de problemas respiratórios e gastrointestinais, doenças cardiovasculares e câncer, por exemplo, quando dentro do organismo humano. 

Foto doutora realizando uma consulta
Encontre um Clínico Geral perto de você! Parceria com Buscar Médico

Estas partículas são produzidas pela degradação natural de materiais plásticos, mas também são encontradas em cosméticos, pastas de dentes, materiais sintéticos e poluentes, podendo contaminar o solo, alimentos e água.

Os microplásticos podem entrar no organismo principalmente ao serem inalados ou ingeridos e se acumular em órgãos e tecidos, como sangue, placenta e pulmões. No entanto, os riscos destas partículas para a saúde ainda têm sido estudados.

Imagem ilustrativa número 1

Como são produzidos

Os microplásticos são produzidos naturalmente a partir da degradação de materiais plásticos, especialmente quando são descartados de forma inadequada no meio ambiente. 

Também são produzidos industrialmente para a fabricação de cosméticos e pastas de dente ou como resíduos da produção de tecidos sintéticos, produtos de limpeza e pneus, por exemplo, podendo ser eliminados como poluentes no ar e/ou água.   

Possíveis riscos para a saúde

Os principais riscos dos microplásticos para a saúde que têm sido estudados são:

1. Câncer

Acredita-se que os microplásticos no organismo podem se acumular nos tecidos, danificando as células, levando a produção de substâncias tóxicas e provocando inflamação crônica, o que pode aumentar o risco de câncer.

2. Problemas gastrointestinais

Os microplásticos ingeridos podem irritar o trato gastrointestinal, liberar substâncias tóxicas e causar desequilíbrios na flora intestinal, provocando sintomas como dor no abdome, sensação de inchaço na barriga, diarreia ou prisão de ventre, náusea e vômitos.

3. Alterações hormonais

Os microplásticos no organismo podem levar a alterações na produção, metabolismo e eliminação de hormônios, podendo ser responsáveis pelo desenvolvimento de problemas como infertilidade, aborto espontâneo e malformações fetais. 

4. Problemas respiratórios

Quando inalados, os microplásticos podem causar inflamação nas vias aéreas e pulmões, podendo agravar doenças respiratórias existentes e provocar sintomas como tosse, falta de ar e nariz escorrendo.

Além disso, acredita-se que os microplásticos nos pulmões podem levar ao desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica em algumas pessoas. Entenda melhor o que é a doença pulmonar obstrutiva crônica.

5. Desequilíbrios no metabolismo energético

Devido à inflamação e efeitos sobre a atividade de enzimas no tubo digestório, por exemplo, os microplásticos podem causar desequilíbrios no metabolismo energético, especialmente em animais, aumentando ou diminuindo o gasto de energia do organismo e a ingestão de alimentos.

6. Doenças cardiovasculares

Os microplásticos no sangue também parecem ter efeitos tóxicos no coração e vasos sanguíneos, podendo aumentar o risco de problemas como arritmias, aterosclerose, infarto e anormalidades na coagulação do sangue. 

7. Doenças neurodegenerativas

Acredita-se que os microplásticos podem chegar até o cérebro e, devido aos seus efeitos tóxicos, causar alterações no funcionamento dos neurônios, contribuindo para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.