Moleira do bebê é uma abertura do osso do crânio coberta por membranas, sendo uma região mais molinha, sensível, delicada e suave ao toque, uma vez que o osso do crânio ainda não está completamente fechado.
A moleira do bebê é conhecida cientificamente como fontanela, sendo que existem duas principais, a fontanela anterior e a posterior, que são importantes para permitir o desenvolvimento cerebral do bebê e sua passagem pelo canal vaginal durante o parto.
É importante ter cuidados com a moleira do bebê e observar com frequência seu aspecto, pois a moleira funda ou baixa pode indicar problemas de saúde, como desidratação, hidrocefalia ou até meningite, por exemplo.
Qual é a função da moleira
A moleira do bebê tem como função permitira a passagem do bebê pelo canal vaginal durante o parto normal, pois como é uma região na cabeça do bebê que não tem osso, permite que os ossos do crânio se movimentem e se ajustem para a cabeça passar no canal vaginal mais facilmente.
Além disso, a moleira do bebê tem como função permitir o desenvolvimento normal e saudável do cérebro do bebê, dando espaço para seu crescimento, até que os ossos do crânio se fechem.
Como saber se a moleira do bebê tá normal
A moleira bebê está normal quando apresenta as seguintes características:
- É molinha, macia, plana e suave ao toque;
- Tem formato de um losango no topo da cabeça;
- Possui tamanho entre 1 e 3 cm, com uma média de 2,1 cm.
Essas características da moleira do bebê são normais, e referem-se à moleira presente no topo da cabeça do bebê, que é a fontanela anterior.
Moleira do bebê pulsando
Quando se toca na moleira do bebê, pode-se sentir a moleira pulsando, o que é normal, e está relacionada com os batimentos cardíacos do bebê e fluxo de sangue no cérebro.
Quantas fontanelas tem o bebê?
O bebê possui 4 fontanelas, sendo que a fontanela anterior é que é normalmente reconhecida como moleira do bebê, pois é maior e demora mais para fechar, sendo notada por mais tempo da vida do bebê.
As outras fontanelas são a fontanela posterior, fontanela mastoidea e fontanela esfenoidal.
Todas as fontanelas são importantes para permitir a passagem do bebê pelo canal vaginal durante o parto normal, pois permitem a movimentação dos ossos do crânio.
Em quanto tempo fecha
O tempo que a moleira leva para fechar varia de acordo com o tipo de fontanela, sendo as principais:
- Fontanela anterior: fecha entre os 13 a 24 meses e fica no topo da cabeça;
- Fontanela posterior: fecha entre 6 a 8 semanas e fica na parte de trás da cabeça, tendo um formato triangular;
- Fontanelas mastoideas: fecham entre os 6 e 8 meses e ficam na parte posterior da cabeça;
- Fontanelas esfenoidais: fecham por volta dos 6 meses e ficam na parte lateral do crânio.
À medida que o bebê se desenvolve, as fontanelas vão de fechando gradualmente, ficando cada vez menores, até que estejam completamente fechadas e não sejam notadas.
Geralmente, a moleira de bebês do sexo masculino se fecham mais cedo, quando comparado a bebês do sexo feminino.
Cuidados com a moleira do bebê
Alguns cuidados com a moleira do bebê são importantes, como evitar pressionar a moleira, traumas ou fazer movimentos bruscos com a cabeça do bebê, uma vez que a moleira é uma região que não tem osso, deixando o cérebro mais desprotegido.
É recomendado também segurar a cabeça do bebê com cuidado, sem fazer força ou pressionar, e lavar a cabeça do bebê suavemente e com cuidado para não fazer muita pressão na moleira.
Além disso, a cabeça do bebê deve estar sempre limpa e seca, e usar shampoos específicos para o bebê, para não irritar a pele sensível da moleira e do couro cabeludo do bebê, e evitar colocar faixas ou outros acessórios sobre a moleira para não pressioná-la.
Possíveis alterações da moleira do bebê
A moleira do bebê pode ter alterações que podem indicar problemas de saúde, como:
1. Moleira funda
A moleira funda do bebê, também chamada de moleira baixa, pode indicar desidratação no bebê, e estar acompanhada de sintomas como olhos fundos, choro sem lágrimas, irritabilidade ou apatia, por exemplo. Saiba identificar os sintomas de desidratação no bebê.
Além disso, a moleira funda pode ser um dos sintomas da síndrome do bebê sacudido, que também pode apresentar dificuldade para respirar, convulsões ou sonolência excessiva.
2. Moleira alta
A moleira alta, também chamada de moleira inchada, pode estar levemente aumentada quando o bebê chora ou vomita, o que é considerado normal.
No entanto, a moleira alta pode ser causada por aumento da pressão intracraniana, o que pode ocorrer devido a traumas, meningite, hemorragia intracraniana, hidrocefalia ou baixos níveis de oxigênio no sangue.
Leia também: Hipertensão intracraniana: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/hipertensao-intracranianaOutras causas da moleira alta são insuficiência cardíaca congestiva, anemia, policitemia ou leucemia, por exemplo.
3. Moleira grande
A moleira grande ou o atraso no fechamento da moleira pode indicar algumas condições de saúde, como raquitismo, aumento da pressão intracraniana ou hipotireoidismo congênito, por exemplo.
Além disso, a moleira grande pode ser causada por alterações genéticas, como a síndrome de Down ou acondroplasia. Saiba identificar as características da síndrome de Down.
Leia também: Acondroplasia: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/acondroplasia4. Fechamento precoce da moleira
Quando moleira fecha antes do tempo, fundindo os ossos do crânio, o desenvolvimento do cérebro do bebê pode ser prejudicado, pois aumenta a pressão intracraniana, podendo provocar lesões no cérebro.
Essa condição é conhecida como craniossinostose ou cranioestenose, e normalmente necessita se tratada com cirurgia, pois pode colocar a vida do bebê em risco. Veja como identificar a cranioestenose.
Quando consultar o pediatra
É importante consultar o pediatra sempre que surgirem alterações na moleira do bebê, pois são indicativos importantes sobre a saúde do bebê.
Assim, deve-se ir ao pediatra nas seguintes situações:
- Moleira alta, baixa, larga ou que se fecha antes do tempo;
- Vômitos ou irritabilidade;
- Choro sem lágrimas;
- Febre;
- Sonolência excessiva ou apatia;
- Dificuldade para respirar.
Desta forma, o pediatra deve realizar um exame físico da moleira do bebê, que também é feito nas consultas de rotina, para identificar a causa das alterações e indicar o tratamento mais adequado.