Nomofobia é o medo de ficar sem o celular, podendo ser identificado através de sintomas como ansiedade quando se fica muito tempo sem usar o celular ou acordar no meio da noite para verificar mensagens, por exemplo.
O termo nomofobia tem origem na expressão inglesa "no mobile phone phobia" usado para descrever a dependência do uso do celular, não sendo reconhecido pela comunidade médica, no entanto, sabe-se que é mais comum em pré-adolescentes e adolescentes, já que usam mais o celular e as redes sociais.
Leia também: Fobia: o que é, 9 principais tipos e sintomas tuasaude.com/tipos-de-fobias-mais-comunsPor ser uma fobia, nem sempre é possível identificar a causa que leva as pessoa a sentir ansiedade por estar longe do celular, mas em alguns casos, esses sentimentos são justificados com o medo de não conseguir saber o que está acontecendo no mundo ou de necessitar de assistência médica e não ter como pedir ajuda.
Sintomas de nomofobia
Os principais sintomas de nomofobia são:
- Ansiedade quando se fica muito tempo sem usar o celular;
- Necessidade de fazer várias pausas no trabalho para utilizar o celular;
- Nunca desligar o celular, mesmo para dormir;
- Acordar no meio da noite para verificar mensagens;
- Carregar frequentemente o celular para garantir que se tem sempre bateria;
- Ficar muito chateado quando se esquece o celular em casa;
- Verificar o telefone frequentemente para ver se tem notificações;
- Ansiedade quando está em um ambiente sem sinal de internet;
- Levar o carregador de telefone para todos os lugares por medo da bateria acabar;
- Receber reclamações de que está sempre olhando o celular.
Além disso, outros sintomas físicos que parecem estar associados aos sinais nomofobia são os de dependência, como aumento do batimento cardíaco, sensação de transpiração excessiva, agitação e respiração rápida.
Esses sintomas são muito parecidos com os sintomas de transtornos de ansiedade, por isso, é recomendado consultar o psicólogo ou psiquiatra para que seja feito o diagnóstico e ter orientação adequada. Saiba identificar os sintomas de transtorno de ansiedade.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da nomofobia é feito pelo psiquiatra ou psicólogo, através da avaliação dos sintomas, ou relato dos sintomas pelos pais ou cuidadores e histórico de saúde.
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O que causa a nomofobia
A nomofobia é causada pelo uso excessivo do celular e medo de ficar desconectado, provocando uma dependência.
Alguns fatores parecem contribuir para o desenvolvimento da nomofobia, como:
- Baixa autoestima;
- Insegurança;
- Transtornos de ansiedade;
- Eventos traumáticos;
- Necessidade de aceitação por outras pessoas.
A nomofobia afeta com mais frequência pré-adolescentes e adolescentes, mas também pode surgir em adultos.
Nomofobia é uma doença ou um vício?
A nomofobia é considerada uma doença digital, sendo caracterizada pela dependência ou vício do uso do celular e sensação de alívio e/ou conforto ao usar o celular.
Isso porque o uso do celular está relacionado ao sistema de recompensa, em que ocorre liberação de dopamina pelo cérebro, provocando sensação de prazer e bem estar.
Essa sensação faz a pessoa se "viciar" e depender cada vez mais emocionalmente do uso do celular.
Como evitar a dependência
Para tentar combater a nomofobia existem algumas orientações que podem ser seguidas todos os dias:
- Ter vários momentos durante o dia em que não se está com o celular;
- Dar preferência para conversas frente a frente;
- Diminuir progressivamente o uso do celular;
- Não utilizar o celular nos primeiros 30 minutos após acordar e nos últimos 30 minutos antes de dormir;
- Não usar o celular durante as refeições ou quando estiver conversando pessoalmente com outras pessoas;
- Colocar o celular para carregar numa superfície longe da cama;
- Desligar o celular durante a noite.
Além disso, é recomendado silenciar as notificações e definir horários e tempo de uso do celular.
Quando já existe algum grau de dependência, pode ser necessário consultar um psicólogo para iniciar terapia, que pode incluir vários tipos de técnicas para tentar lidar com a ansiedade gerada pela falta do celular, como ioga, meditação guiada ou visualização positiva.