Palpitação cardíaca é sentir o próprio batimento do coração durante alguns segundos ou minutos, causando sintomas como batimentos cardíacos rápidos ou irregulares ou sensação de vibração no peito.
As palpitações, normalmente, não estão relacionadas a problemas de saúde, sendo apenas causadas por excesso de estresse, uso de algum remédios ou prática de exercício físico.
No entanto, caso as palpitações do coração surjam muitas vezes, se apresentem com um ritmo irregular ou estejam associadas a outros sintomas como tonturas ou aperto no peito, é recomendado consultar um cardiologista para avaliar a existência de algum problema cardíaco, como arritmia ou fibrilhação atrial, e iniciar o tratamento adequado.
Sintomas de palpitações no coração
Os principais sintomas de palpitação cardíaca são:
- Batimentos cardíacos rápidos ou irregulares;
- Sensação de vibração, tremor ou oscilação no peito;
- Pulsações rápidas;
- Coração acelerado;
- Sensação de batida no peito, pescoço ou garganta.
Em alguns casos, dependendo da sua causa, a palpitação cardíaca pode ser acompanhada de tontura, aperto no peito, falta de ar ou sensação de desmaio.
É importante consultar o cardiologista sempre que surgirem sintomas frequentes de palpitação no coração ou que pioram ao longo do tempo, para que sua causa seja identificada e iniciado o tratamento mais adequado, se necessário.
No caso de as palpitações demorarem mais de 1 hora para desaparecerem ou se forem acompanhadas de outros sintomas, deve-se ir ao pronto-socorro para iniciar o tratamento adequado.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da palpitação cardíaca é feito pelo cardiologista através da avaliação dos sintomas, bem como quando se iniciaram, sua frequência, duração e quando surgem, histórico de saúde, idade, uso de remédios e hábitos de vida.
Marque uma consulta com o cardiologista na região mais próxima de você:
O médico deve fazer o exame físico colocando o estetoscópio sobre o peito da pessoa para escutar os batimentos cardíacos.
Além disso, o médico pode pedir alguns exames, como raio X de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, Holter 24 ou 48 horas, estudo eletrofisiológico, teste de estresse e exames de sangue e de urina, por exemplo.
Esses exames são importantes para tentar descartar a presença de arritmias o coração e identificar se o problema está sendo causado por uma alteração cardíaca, iniciando o tratamento adequado, caso seja necessário.
Possíveis causas
A principais causas de palpitações no coração são:
1. Excesso de estresse
O excesso de estresse é a causa mais comum de palpitações cardíacas e acontece porque, em situações de estresse, nervosismo ou ansiedade, o organismo libera adrenalina, um hormônio que aumenta a frequência cardíaca, tornando mais fácil sentir os batimentos do coração.
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A ingestão de café, refrigerantes, bebidas energéticas ou alguns tipos de chá podem provocar aumento da pressão arterial devido à presença de cafeína na sua composição e, assim, aumentar a quantidade de sangue que vai para os tecidos, obrigando o coração a bater mais rápido.
Já as bebidas alcoólicas podem provocar diminuição das quantidades de magnésio no organismo, fazendo com que o coração bata de forma irregular.
3. Prática de exercício físico
As palpitações são muito frequentes após períodos de exercício físico intenso devido ao esforço do organismo para manter os músculos com oxigênio necessário para a prática de exercício.
4. Uso de remédios
Alguns remédios, como as bombas de asma ou os medicamentos utilizados para tratar problemas da tireoide, podem causar o surgimento de palpitações como efeito colateral.
Assim, é importante consultar o médico que receitou o remédio para reavaliar o tratamento. De forma alguma deve-se parar o tratamento por conta própria.
5. Problemas no coração
Alguns problemas no coração, como taquicardia ventricular ou sinusal, fibrilação atrial ou ventricular, contrações ventriculares prematuras, cardiomegalia ou cardiopatia congênita, por exemplo, podem causar palpitações cardíacas.
Essas condições devem ser tratadas com orientação do cardiologista pois podem colocar a vida em risco.
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Algumas doenças metabólicas, como hipertireoidismo, baixos níveis de glicose (hipoglicemia), cálcio ou potássio no sangue, podem provocar palpitações.
Além disso, níveis altos ou baixos de magnésio ou potássio no sangue também podem resultar em palpitação cardíaca.
Por isso, sempre que as palpitações demoram mais de 1 hora para desaparecer é recomendado ir ao pronto-socorro para avaliar o problema e iniciar o tratamento adequado.
7. Alterações hormonais
As alterações hormonais normais que ocorrem durante a menstruação, gravidez ou menopausa, também podem causar palpitação cardíaca.
8. Febre
A febre também pode causar palpitações no coração, e estar acompanhada de pressão baixa, o que pode se um indicativo de sepse.
Além disso, a febre pode provocar desidratação no corpo, que é um fator que pode desencadear a palpitação cardíaca.
Como é feito o tratamento
O tratamento da palpitação no coração deve ser feito com orientação do cardiologista e varia de acordo com sua causa.
Caso tenha sido causada por problemas no coração ou doenças metabólicas, o médico deve indicar o tratamento mais adequado de acordo com o problema de saúde.
Além disso, pode ser recomendado reduzir o consumo de bebidas com cafeína ou fazer técnicas de relaxamento e atividades físicas para aliviar o estresse, por exemplo.
Leia também: 7 dicas simples para aliviar o estresse tuasaude.com/como-combater-o-stressComo parar a palpitação cardíaca
A melhor forma de parar a palpitação e normalizar os batimentos do coração é tentar perceber o que está causando o seu surgimento e, dessa forma, evitar que continuem. Porém, quando não é possível descobrir a causa deve-se:
- Deitar e tentar relaxar, colocando uma música relaxante ou fazendo aromaterapia;
- Respirar fundo lentamente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca;
- Evitar beber café ou chás com cafeína;
- Não fumar ou reduzir o consumo do cigarro.
Quando as palpitações surgem alguns minutos após tomar um remédio ou caso surjam após começar a tomar um medicamento novo, além destas dicas, é importante consultar o médico que prescreveu o remédio para substituir por outro medicamento que não cause este tipo de sintomas.
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