Pangastrite: o que é, sintomas, graus, causas e tratamento

Pangastrite é a inflamação de toda a parede do estômago, causando sintomas como dor abdominal, sensação de queimação no estômago, gases ou arrotos frequentes, vômitos ou má digestão.

A pangastrite pode ser causada por infecção por H. pylori, doenças autoimunes, consumo excessivo de álcool ou uso frequente de medicamentos, como anti-inflamatórios ou corticosteroides.

O tratamento da pangastrite, também conhecida como pangastrite enantematosa, é feito pelo gastroenterologista e, normalmente, envolve alterações na dieta e uso de remédios.

Sintomas de pangastrite

Os principais sintomas de pangastrite são:

• Dor abdominal;
• Sensação de queimação no estômago;
• Azia constante;
• Digestão lenta ou má digestão;
• Gases e arrotos frequentes;
• Dor de cabeça;
• Perda do apetite;
• Vômito ou ânsia de vômito;
• Sensação de mal-estar e fraqueza.

Os sintomas da pangastrite são semelhantes aos da gastrite e, geralmente, são sentidos após as refeições e duram cerca de duas horas.

Na presença de sintomas de pangastrite, é recomendado consultar o gastroenterologista para que seja diagnosticada e iniciado o tratamento mais adequado.

Qual a diferença entre gastrite e pangastrite?

Tanto a gastrite como a pangastrite são inflamação na parede do estômago.

No entanto, a gastrite afeta apenas uma parte do estômago, enquanto a pangastrite afeta toda a mucosa do estômago.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da pangastrite é feito pelo gastroenterologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame de endoscopia. Saiba como é feita a endoscopia.

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Esse exame permite que o médico identifique qualquer inflamação nas paredes do estômago, e a realização do teste de urease, para verificar a presença do H. pylori.

Além disso, durante a endoscopia, o médico também pode fazer uma biópsia retirando uma pequena amostra do tecido do estômago para ser analisado no laboratório e identificar o grau da inflamação e o tipo de pangastrite.

Graus de pangastrite

A pangastrite pode ser classificada em diferentes graus de acordo com as características da parede do estômago, como:

• Pangastrite enantematosa leve: apresenta inflamação e vermelhidão leve na mucosa do estômago;
• Pangastrite enantematosa moderada: caracterizada por inflamação e vermelhidão moderada da mucosa do estômago, além pode poder apresentar inchaço;
• Pangastrite enantematosa grave: apresenta inflamação, vermelhidão e inchaço intensos, além de também poder ter sangramento ou feridas ou erosões no estômago.

O grau de alteração da pangastrite enantematosa é identificado através da biópsia do estômago feita através da endoscopia.

Pangastrite enantematosa moderada pode virar câncer?

A pangastrite enantematosa moderada ou grave causada por H. pylori pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de estômago, se não tratada adequadamente, devido a formação de feridas ou erosões no estômago.

No entanto, isso não quer dizer que todas as pessoas com pangastrite endoscópica enantematosa moderada ou grave vá desenvolver câncer.

Possíveis causas

As principais causas de pangastrite são:

• Infecção pela bactéria H. pylori;
• Uso prolongado de anti-inflamatórios, como ácido acetilsalicílico, ou corticoides;
• Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
• Refluxo biliar;
• Doenças autoimunes, como a anemia perniciosa;
• Infeção por parasitas, como Strongyloides stercoralis.

Além disso, infecções por vírus, como citomegalovírus, ou por fungos, como Candida sp. também podem aumentar o risco de pangastrite, principalmente em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como nos casos de infecção por HIV.

Como é feito o tratamento

O tratamento da pangastrite deve ser feito com orientação do gastroenterologista e tem como objetivo reduzir a inflamação do estômago, aliviar os sintomas e/ou eliminar a bactéria H. pylori.

Os principais tratamentos para pangastrite são:

1. Alterações na dieta

A dieta para pangastrite é muito semelhante à dieta para gastrite, sendo recomendado consumir alimentos de fácil digestão, como legumes, verduras e frutas cozidos e sem casca, carnes magras, arroz e pão brancos ou batata. Saiba como deve ser a dieta para gastrite.

Além disso, deve-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, condimentados ou industrializados, molho de tomate, refrigerantes e molhos, por exemplo.

2. Uso de remédios

O uso de remédios para pangastrite, como omeprazol, cimetidina ou hidróxido de magnésio, podem ser indicados pelo médico para reduzir a produção ou neutralizar o ácido do estômago, aliviando os sintomas.

Além disso, no caso da infecção por H. pylori, o médico pode indicar o uso de antibióticos, como claritromicina associada à amoxicilina ou ao metronidazol. Confira os principais remédios para pangastrite.

Entenda melhor como é feito o tratamento da gastrite e pangastrite com o Dr. Antônio Carlos Morais no vídeo a seguir:

Pangastrite tem cura?

A pangastrite tem cura quando o tratamento é realizado conforme a orientação do gastroenterologista.

Além disso, durante o tratamento também é importante fazer consultas médicas regulares para avaliar a eficácia do tratamento, surgimento de efeitos colaterais dos remédios e realizar exames periodicamente, até que se alcance a cura.