Regurgitação mitral: o que é, sintomas, causas e tratamento

Regurgitação mitral é o refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo durante a contração do coração, resultando em sintomas como falta de ar ao realizar esforços, cansaço excessivo, tontura ou até desmaio.

Essa condição é causada pelo fechamento incompleto da válvula mitral e, geralmente, está relacionada a defeitos congênitos ou problemas cardíacos, como prolapso da válvula mitral, por exemplo.

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O tratamento da regurgitação mitral, também conhecida como insuficiência mitral, é feito pelo cardiologista e pode envolver uso de remédios ou cirurgia, o que varia com sua causa e gravidade dos sintomas.

Cardiologista com paciente

Sintomas de regurgitação mitral

Os principais sintomas de regurgitação mitral são:

  • Falta de ar ao realizar esforços;
  • Dificuldade para respirar ao deitar;
  • Cansaço excessivo;
  • Palpitações cardíacas;
  • Tontura, desmaios ou sensação de desmaio;
  • Veia jugular dilatada e visível no pescoço.

Além disso, também podem surgir inchaço nos pés e nas pernas, baqueteamento digital, pele ou unhas azuladas, por exemplo.

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O que a regurgitação mitral pode causar?

A regurgitação mitral faz com que uma quantidade de sangue não seja bombeada corretamente para o corpo, devido ao fechamento incompleto da válvula mitral.

Nos casos mais graves, a regurgitação mitral pode causar choque cardiogênico, com sintomas como tosse com catarro claro ou espumoso, falta de ar grave, dor no peito ou náuseas. Nesse caso, deve-se ir imediatamente ao pronto-socorro.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da regurgitação mitral é feito pelo cardiologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico.

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Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar exames que avaliam o coração, como eletrocardiograma, ecocardiograma, ressonância magnética ou tomografia computadorizada.

Em alguns casos, o médico também pode solicitar um cateterismo cardíaco. Veja como é feito o cateterismo cardíaco

Graus de regurgitação mitral

A regurgitação mitral pode ser classificada em diferentes graus de acordo com a gravidade dos sintomas, como:

1. Regurgitação mitral leve

A regurgitação mitral leve, também chamada de regurgitação mitral discreta, geralmente não causa sintomas, sendo caracterizada por um refluxo mínimo e área do jato de regurgitação menor que 20% da área do átrio esquerdo.

Esse tipo de regurgitação mitral normalmente é identificado em exames de rotina em que o médico escuta um sopro cardíaco ao auscultar o coração com o estetoscópio.

Leia também: Sopro no coração: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/sopro-no-coracao

2. Regurgitação mitral moderada

A regurgitação mitral moderada é caracterizada por uma área do jato de regurgitação entre 20% a 40% da área do átrio esquerdo, causando sintomas como falta de ar durante esforços ou cansaço leve.

Esse tipo de regurgitação mitral necessita de acompanhamento com o cardiologista regularmente e, em alguns casos, tratamento médico.

3. Regurgitação mitral grave

Na regurgitação mitral grave, os sintomas são mais intensos devido a área de regurgitação ser maior, entre 40% e 60% da área do átrio esquerdo.

Esse tipo de regurgitação mitral necessita de tratamento médico, uma vez que pode ocorrer um aumento do átrio e ventrículo esquerdos, podendo resultar em insuficiência cardíaca ou até choque cardiogênico.

Possíveis causas

As principais causas da regurgitação mitral são:

  • Prolapso da válvula mitral;
  • Defeitos congênitos na válvula mitral;
  • Febre reumática;
  • Infarto ou insuficiência cardíaca;
  • Dilatação do ventrículo esquerdo;
  • Cardiomiopatia hipertrófica.

Além disso, outras causas são fibrilação atrial, endocardite infecciosa, pancadas fortes ou radioterapia na região do tórax, por exemplo.

Essas condições provocam o fechamento incompleto da válvula mitral, fazendo com que alguma quantidade de sangue não seja bombeada corretamente, resultando nos sintomas.

Tipos de regurgitação mitral

Os principais tipos de regurgitação mitral são:

1. Regurgitação mitral aguda

A regurgitação mitral aguda é o tipo mais grave e geralmente é causada por endocardite bacteriana aguda ou síndrome coronariana aguda, que provocam a ruptura ou destruição da válvula mitral.

Nesse caso, a regurgitação mitral pode evoluir rapidamente para o choque cardiogênico, que é uma emergência médica e, por isso, a pessoa deve ir imediatamente para o pronto-socorro. Saiba identificar os sintomas de choque cardiogênico

2. Regurgitação mitral crônica

A regurgitação mitral crônica pode ser leve e não apresentar sintomas ou moderada a grave e resultar em sintomas como falta de ar ao fazer esforços ou ao deitar, cansaço, inchaço nas pernas ou até desmaios.

Em alguns casos, a pessoa pode desenvolver hipertensão pulmonar. Saiba identificar os sintomas de hipertensão pulmonar

3. Regurgitação mitral primária

A regurgitação mitral primária, também chamada de de regurgitação mitral degenerativa ou orgânica, acontece devido a danos ou deformidades na válvula mitral.

Isso faz com que a válvula não se feche corretamente durante a contração do músculo cardíaco, provocando refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo.

Geralmente, a regurgitação primária é causada por prolapso da válvula mitral, alterações congênitas, febre reumática, ou perfuração dos folhetos papilares do coração.

4. Regurgitação mitral secundária

A regurgitação mitral secundária, também chamada de regurgitação mitral funcional ou isquêmica, acontece devido a anormalidades ou alterações no ventrículo esquerdo.

Nesse caso, não existem problemas diretos na válvula mitral.

As principais causas da regurgitação mitral secundária são cardiomiopatia dilatada ou isquêmica, ruptura do músculo papilar, insuficiência cardíaca congestiva ou fibrilação atrial. 

Como é feito o tratamento

O tratamento da regurgitação mitral deve ser feito com orientação do cardiologista e varia de acordo com sua causa e gravidade.

Os principais tratamentos para regurgitação mitral são:

  • Acompanhamento médico regular, principalmente nos casos de regurgitação mitral leve ou discreta;
  • Uso de remédios, como diuréticos, anti-hipertensivos ou anticoagulantes, quando a regurgitação mitral é grave ou crônica;
  • Cirurgia para reparar ou substituir a válvula mitral, quando existem danos, ruptura ou defeitos congênitos na válvula, ou endocardite;
  • Colocação de um clipe na válvula mitral, chamado mitraclip, em pessoas que possuem contraindicações para reparar ou substituir a válvula mitral.

O tratamento da regurgitação mitral deve sempre ser orientado pelo cardiologista, de acordo com as condições de saúde da pessoa, causa da regurgitação e gravidade da doença e dos sintomas. Entenda como é feito o tratamento da regurgitação mitral.  

Possíveis complicações

As principais complicações da regurgitação mitral são cardiomegalia, dilatação do coração, fibrilação atrial ou hipertensão pulmonar.

Além disso, a regurgitação mitral também pode causar AVC devido a arritmias cardíacas ou insuficiência cardíaca, por exemplo.

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