Sangramento vaginal: 10 causas (e o que fazer)

O sangramento vaginal acontece, na maioria das vezes, devido à menstruação, que é uma situação normal nas mulheres em idade fértil devido às variações hormonais.

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No entanto, o sangramento vaginal pode ser também sinal de doenças como doença inflamatória pélvica, mioma uterino, câncer no endométrio ou ser sinal de aborto espontâneo ou descolamento da placenta no caso de mulheres grávidas, por exemplo.

Por isso, quando o sangramento vaginal é excessivo e/ou dura mais de 1 semana ou surge em mulheres grávidas, é recomendado consultar o ginecologista ou obstetra, para fazer uma avaliação completa e indicar o tratamento adequado.

Leia também: Como distinguir sangramento de menstruação? tuasaude.com/medico-responde/como-distinguir-sangramento-de-menstruacao
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O que pode ser o sangramento vaginal

As possíveis causas de sangramento vaginal são:

1. Menstruação

A principal causa de sangramento vaginal é a menstruação, em que devido a alterações hormonais, a parede do útero, o endométrio, descama, levando à perda de sangue pela vagina.

O que fazer: a menstruação é uma situação normal e, por isso, não é necessário realizar qualquer tratamento. Porém, nos casos em que o fluxo de sangue é muito intenso e/ ou é acompanhado de cólica forte, é importante que o ginecologista seja consultado.

2. Pré-menopausa

Durante a pré-menopausa, é normal que seja notado sangramento vaginal leve ou intenso, já que durante esse período são notadas alterações hormonais.

O que fazer: de forma geral, quando o sangramento vaginal é leve não é necessário realizar tratamento, já que é uma situação normal. Porém, caso o sangramento seja intenso e/ ou aconteça com frequência, o ginecologista deve ser consultado para que seja verificada a necessidade de iniciar tratamento específico, o que pode envolver a realização de reposição hormonal ou colocação de DIU, por exemplo.

Leia também: Pré-menopausa: o que é, sintomas e o que fazer tuasaude.com/pre-menopausa

3. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é uma condição onde o embrião se desenvolve e se fixa fora do útero, podendo causar sintomas leves, como sangramento vaginal irregular, dor leve no abdômen e região embaixo da barriga.

No entanto, em casos mais graves, quando a trompa de Falópio se rompe, a mulher pode apresentar hemorragia, dor intensa na parte de baixo da barriga e desmaio, por exemplo. Conheça todos os sintomas da gravidez ectópica.

O que fazer: o tratamento da gravidez ectópica deve ser orientado pelo ginecologista ou obstetra, que pode indicar o uso de medicamentos ou realização de cirurgia para interromper a gestação, já que além do feto não conseguir se desenvolver, também pode colocar a vida da mulher em risco.

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4. Aborto espontâneo

O aborto espontâneo é a interrupção involuntária da gravidez antes das 20 semanas de gestação, que geralmente acontece por má formação do feto, mas que também pode ocorrer devido a infecções por vírus ou bactérias.

Os sintomas de aborto espontâneo podem incluir sangramento vaginal que varia entre vermelho e marrom, febre e calafrios, corrimento com mau cheiro, intensa cólica menstrual e dor de cabeça intensa ou constante.

O que fazer: em caso de aborto, o médico pode indicar o uso de medicamento para eliminação completa do feto e, em seguida, realização de curetagem ou aspiração manual ou com vácuo, por exemplo. Dessa forma, é possível limpar o útero da mulher e prevenir complicações.

Leia também: Aborto espontâneo: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/causas-do-aborto-espontaneo

5. Descolamento da placenta

O descolamento da placenta é uma complicação rara que pode acontecer na gravidez, em que a placenta se separa do útero antes do trabalho de parto, resultando em sintomas como sangramento vaginal, contrações uterinas e dor abdominal intensa.

Leia também: Descolamento de placenta: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/descolamento-da-placenta

O que fazer: na suspeita de descolamento da placenta, é fundamental que a mulher vá ao pronto-socorro mais próximo para que seja feita uma avaliação e verificado o grau de descolamento da placenta, o que interfere diretamente no tratamento recomendado.

Nos casos mais graves de descolamento da placenta, o médico pode indicar a antecipação do parto, principalmente quando o bebê tem mais de 34 semanas e a saúde do bebê e da mulher estão estáveis.

6. Doença inflamatória pélvica

A doença inflamatória pélvica, ou DIP, é a infecção do colo do útero, útero, ovários e tubas uterinas, provocando sintomas como dor no pé da barriga ou no baixo ventre, sangramento vaginal fora do período menstrual ou após a relação sexual e febre.

O que fazer: o tratamento para DIP deve ser orientado pelo ginecologista, que normalmente indica o uso de antibióticos de acordo com o microrganismo responsável pela infecção. Nos casos em que a DIP não melhora com o uso de antibióticos, o médico pode avaliar a necessidade de realizar uma cirurgia. Conheça todos os tratamentos da doença inflamatória pélvica.

7. Mioma uterino

O mioma uterino é um tumor benigno que se forma no útero e que, na maioria dos casos, não causa sintomas. No entanto, algumas mulheres podem apresentar cólica, sangramento vaginal fora do período menstrual, sensação de pressão na parte de baixo do abdômen ou dificuldade para engravidar.

Leia também: Mioma uterino: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/o-que-e-mioma

O que fazer: em caso de mioma, o ginecologista deve ser consultado para que seja feita uma avaliação dos sinais e sintomas e, assim, seja recomendado o melhor tratamento. De forma geral, o médico pode recomendar o uso de medicamentos anti-inflamatórios, medicamentos hormonais e/ ou suplementos de ferro para aliviar os sintomas.

Nos casos em que o mioma é grande, o médico pode recomendar a realização de cirurgia para retirar o mioma. Veja como é feita a cirurgia para retirar o mioma.

8. Pólipos uterinos

Os pólipos uterinos correspondem ao crescimento anormal de células do endométrio, causando sintomas como sangramento vaginal fora do período da menstruação, fluxo menstrual intenso, dor no abdome e/ou dificuldade para engravidar. Saiba reconhecer os sintomas dos pólipos uterinos.

O que fazer: geralmente, os pólipos uterinos não precisam de tratamento, de forma que o ginecologista indica apenas o acompanhamento dos pólipos através da realização de ultrassom pélvico. Porém, caso sejam notados sintomas ou se os pólipos aumentam de tamanho, o médico pode recomendar a realização de cirurgia para retirar o pólipo.

9. Câncer de endométrio

O câncer de endométrio é um tipo de câncer que se desenvolve no tecido do útero, o endométrio, provocando sintomas como sangramento vaginal, dor na parte de baixo da barriga, menstruação frequente e abundante e perda de peso. Confira outros sintomas de câncer de endométrio.

O sangramento vaginal na pós-menopausa é sempre um sinal de alerta e deve ser avaliado pelo ginecologista. Doenças do colo uterino também podem causar sangramento vaginal como cervicite ou câncer de colo útero.

O que fazer: o tratamento é orientado pelo ginecologista ou oncologista e inclui a realização de cirurgia para remover o útero, as trompas, o ovário e os linfonodos da pelve, se necessário. Além disso, o médico também pode indicar tratamentos adicionais como, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal ou imunoterapia, por exemplo.

10. Alterações na coagulação

A deficiência de fatores da coagulação, principalmente do fator de von Willebrand, pode também provocar sangramento vaginal. Esse fator é importante para que as plaquetas fiquem aderidas ao tecido, parando os sangramentos. 

Assim, na deficiência do fator de von Willebrand podem ser notados sangramentos frequentes, hematomas e presença de sangue nas fezes ou na urina, por exemplo. Conheça mais sobre a doença de von Willebrand.

O que fazer: é importante que o hematologista seja consultado para que o tratamento seja iniciado, o que normalmente é feito com o uso de medicamentos para prevenir os sangramentos.

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