Síndrome de Brugada: o que é, sintomas, causas e tratamento

Síndrome de Brugada é uma doença cardíaca rara e hereditária que pode causar sintomas como tontura, desmaios e dificuldade para respirar, além de ocasionar morte súbita nos casos mais graves.

Essa doença é caracterizada pela alteração da atividade do coração podendo provocar taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular, sendo mais comum nos homens e pode acontecer em qualquer momento da vida.

Leia também: Taquicardia ventricular: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/taquicardia-ventricular

O tratamento da síndrome de Brugada é feito pelo cardiologista com o objetivo de regular os batimentos cardíacos e evitar complicações como a morte súbita, podendo ser indicado o uso de remédios, implante de um cardiodesfibrilador ou cirurgia de ablação por radiofrequência.

Cardiologista escutando coração de paciente com estetoscópio

Sintomas da síndrome de Brugada

Os principais sintomas da síndrome de Brugada são:

  • Tontura ou vertigem;
  • Palpitações cardíacas;
  • Dificuldade para respirar ou falta de ar;
  • Respiração noturna “agônica”;
  • Desmaio ou perda da consciência;
  • Convulsões.

Na maioria dos casos, a síndrome de Brugada não causa nenhum sintoma ou pode levar à morte cardíaca súbita, geralmente durante o sono. Saiba mais sobre a morte súbita.

Desta forma, na presença de sintomas de sintomas de síndrome de Brugada, deve-se ir imediatamente ao pronto-socorro, para que seja diagnosticada e iniciado o tratamento mais adequado.

Não ignore os sinais que seu corpo está dando!

Conte com os nossos especialistas para entender a causa dos seus sintomas. Marque sua consulta já!

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da síndrome de Brugada é feito pelo cardiologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, histórico familiar da síndrome ou de morte súbita, desmaio inexplicável ou parada cardíaca e exame físico.

Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar exames como eletrocardiograma (ECG) e teste de provocação com o uso de remédios para provocar alterações típicas da síndrome no ECG.

Além disso, por se tratar de uma doença hereditária, o médico pode solicitar teste genético para avaliar mutações genéticas, como do gene SCN5A, responsáveis pela síndrome.

Possíveis causas

A síndrome de Brugada é causada por mutações no gene SCN5A que provoca diminuição da entrada de sódio nas células cardíacas, e aumento da saída de potássio, resultando em alterações nos sinais elétricos do coração e taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular graves.

Leia também: Fibrilação ventricular: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/fibrilacao-ventricular

Essa síndrome é uma condição hereditária dominante, ou seja, oo bebê herda um gene normal e um gene defeituoso, sendo que o gene alterado domina sobre o gene normal.

Além disso, fatores genéticos e ambientais podem influenciar no desenvolvimento da doença, como febre, distúrbios eletrolíticos, uso de remédios, álcool ou drogas.

Como é feito o tratamento

O tratamento da síndrome de Brugada deve ser feito com orientação do cardiologista, para regular os batimentos cardíacos e evitar a morte súbita.

Os principais tratamentos para síndrome de Brugada são:

1. Uso de remédios

O uso de remédios, como a quinidina, por exemplo, pode ser indicado pelo cardiologista para bloquear alguns vasos do coração e diminuir o número de contrações, sendo útil para o tratamento de arritmias, por exemplo.

2. Colocação de um cardiodesfibrilador implantável

O cardiodesfibrilador implantável (CDI) é um aparelho semelhante a um marcapasso, colocado no peito através de cirurgia, indicado para pessoas com risco aumentado de morte súbita.

Esse aparelho é capaz de monitorar e detectar alterações dos batimentos cardíacos e aplicar choques elétricos para fazer com que o coração volte a bater no ritmo normal.

3. Ablação por radiofrequência

A ablação por radiofrequência tem objetivo de destruir as partes danificadas do coração que possam estar causando a arritmia.

Geralmente, esse tipo de tratamento é indicado pelo médico quando o cardiodesfibrilador implantável não é eficaz para controlar os sintomas da síndrome de Brugada.