Síndrome de Brugada é uma doença cardíaca rara e hereditária que pode causar sintomas como tontura, desmaios e dificuldade para respirar, além de ocasionar morte súbita nos casos mais graves.
Essa doença é caracterizada pela alteração da atividade do coração podendo provocar taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular, sendo mais comum nos homens e pode acontecer em qualquer momento da vida.
Leia também: Taquicardia ventricular: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/taquicardia-ventricularO tratamento da síndrome de Brugada é feito pelo cardiologista com o objetivo de regular os batimentos cardíacos e evitar complicações como a morte súbita, podendo ser indicado o uso de remédios, implante de um cardiodesfibrilador ou cirurgia de ablação por radiofrequência.
Sintomas da síndrome de Brugada
Os principais sintomas da síndrome de Brugada são:
- Tontura ou vertigem;
- Palpitações cardíacas;
- Dificuldade para respirar ou falta de ar;
- Respiração noturna “agônica”;
- Desmaio ou perda da consciência;
- Convulsões.
Na maioria dos casos, a síndrome de Brugada não causa nenhum sintoma ou pode levar à morte cardíaca súbita, geralmente durante o sono. Saiba mais sobre a morte súbita.
Desta forma, na presença de sintomas de sintomas de síndrome de Brugada, deve-se ir imediatamente ao pronto-socorro, para que seja diagnosticada e iniciado o tratamento mais adequado.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da síndrome de Brugada é feito pelo cardiologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, histórico familiar da síndrome ou de morte súbita, desmaio inexplicável ou parada cardíaca e exame físico.
Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar exames como eletrocardiograma (ECG) e teste de provocação com o uso de remédios para provocar alterações típicas da síndrome no ECG.
Além disso, por se tratar de uma doença hereditária, o médico pode solicitar teste genético para avaliar mutações genéticas, como do gene SCN5A, responsáveis pela síndrome.
Possíveis causas
A síndrome de Brugada é causada por mutações no gene SCN5A que provoca diminuição da entrada de sódio nas células cardíacas, e aumento da saída de potássio, resultando em alterações nos sinais elétricos do coração e taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular graves.
Leia também: Fibrilação ventricular: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/fibrilacao-ventricularEssa síndrome é uma condição hereditária dominante, ou seja, oo bebê herda um gene normal e um gene defeituoso, sendo que o gene alterado domina sobre o gene normal.
Além disso, fatores genéticos e ambientais podem influenciar no desenvolvimento da doença, como febre, distúrbios eletrolíticos, uso de remédios, álcool ou drogas.
Como é feito o tratamento
O tratamento da síndrome de Brugada deve ser feito com orientação do cardiologista, para regular os batimentos cardíacos e evitar a morte súbita.
Os principais tratamentos para síndrome de Brugada são:
1. Uso de remédios
O uso de remédios, como a quinidina, por exemplo, pode ser indicado pelo cardiologista para bloquear alguns vasos do coração e diminuir o número de contrações, sendo útil para o tratamento de arritmias, por exemplo.
2. Colocação de um cardiodesfibrilador implantável
O cardiodesfibrilador implantável (CDI) é um aparelho semelhante a um marcapasso, colocado no peito através de cirurgia, indicado para pessoas com risco aumentado de morte súbita.
Esse aparelho é capaz de monitorar e detectar alterações dos batimentos cardíacos e aplicar choques elétricos para fazer com que o coração volte a bater no ritmo normal.
3. Ablação por radiofrequência
A ablação por radiofrequência tem objetivo de destruir as partes danificadas do coração que possam estar causando a arritmia.
Geralmente, esse tipo de tratamento é indicado pelo médico quando o cardiodesfibrilador implantável não é eficaz para controlar os sintomas da síndrome de Brugada.