9 problemas comuns na tireoide (e o que fazer)

Os problemas mais comuns da tireoide são o hipotireoidismo, hipertireoidismo, tireoidite de Hashimoto ou doença de Graves, resultando em um mau funcionamento da tireoide e produção de hormônios tireoidianos em maior ou menor quantidade.

Foto doutora realizando uma consulta
Encontre um Endocrinologista perto de você! Parceria com Buscar Médico

A tireoide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, responsável por regular o metabolismo, manter o bom funcionamento do coração, cérebro, fígado e rins, além de influenciar no crescimento, ciclo menstrual, fertilidade, peso e estado emocional.

Confira, no vídeo a seguir, alguns sinais de problemas na tireoide:

Sinais que a sua TIREOIDE não está bem

06:35 | 14.993 visualizações

9 problemas mais comuns da tireoide

Os problemas mais comuns da tireoide são:

1. Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é uma diminuição da produção de hormônios T3 e T4 pela tireoide, resultando em sintomas como cansaço, fraqueza e indisposição, pele seca e áspera ou aumento do peso.

A causa do hipotireoidismo pode ser autoimune, ou ocorrer por deficiência de iodo ou alterações na glândula pituitária no cérebro que produz o hormônio TSH, que estimula a tireóide a produzir T3 e T4.

O que fazer: o tratamento do hipotireoidismo deve ser feito com a orientação do endocrinologista, e normalmente envolve remédios, como a levotiroxina, para repor os hormônios tireoidianos. Veja como é feito o tratamento do hipotireoidismo.

2. Hipertireoidismo

O hipertireoidismo é a produção excessiva de hormônios T3 e T4 pela tireoide, levando ao desenvolvimento sintomas, como ansiedade, tremores nas mãos, suor excessivo, inchaço das pernas e pés e alterações no ciclo menstrual, no caso das mulheres.

O hipertireoidismo normalmente está associado à doença de Graves, que é uma doença autoimune em que o próprio organismo produz anticorpos contra a tireoide. Outras causas são o consumo excessivo de iodo, superdosagem de hormônios tireoidianos ou ser devido à presença de nódulo na tireoide.

O que fazer: deve-se consultar o endocrinologista no caso de sintomas de hipertireoidismo, para que sejam realizados exames e assim indicado o melhor tratamento, que pode ser feito com o uso de remédios como propiltiouracil ou metimazol, ou iodo radioativo, por exemplo. Confira todas as opções de tratamento para o hipertireoidismo.

3. Tireoidite

A tireoidite é a inflamação da tireoide, que pode acontecer por diversas causas que incluem infecções virais, como coxsackievirus, adenovírus e os vírus da caxumba e do sarampo, auto-imunidade, ou intoxicações por certos remédios, como amiodarona, por exemplo.

A tireoidite pode se manifestar de forma aguda, subaguda ou crônica, e os sintomas variam desde quadros assintomáticos, até mais intensos que provocam dor na tireoide, dificuldade para engolir, febre ou calafrios, por exemplo, a depender da causa. Entenda como acontece a tireoidite e suas principais causas.

O que fazer: o tratamento da tireoidite é feito pelo endocrinologista, e varia de acordo com sua causa e tipo, podendo ser indicados remédios, como levotiroxina, propiltiouracil ou metimazol, anti-inflamatórios, antibióticos ou até cirurgia.

4. Tireoidite de Hashimoto

A tireoidite de Hashimoto é um tipo de tireoidite autoimune crônica, que causa inflamação, lesão nas células e, em seguida, prejuízos à função da tireoide, que poderá não produzir hormônios suficientes à circulação sanguínea.

Os sintomas iniciais da tireoidite de Hashimoto geralmente são semelhantes ao hipertireoidismo, pois a destruição inicial da tireoide pelo sistema imunológico, pode levar ao aumento de hormônios tireoidianos.

No entanto, à medida que a destruição da tireoide evolui, os sintomas são os mesmos do hipotireoidismo, pois a tireoide não é capaz de produzir hormônios tireoidianos.

O que fazer: deve-se fazer o tratamento recomendado pelo endocrinologista que geralmente é feito com o uso de levotiroxina, para tratar o hipotireoidismo causado pela tireoidite de Hashimoto. Saiba mais sobre o tratamento da tireoidite de Hashimoto.

5. Tireoidite pós-parto

A tireoidite pós-parto é outro tipo de tireoidite autoimune, que afeta mulheres até 12 meses após o nascimento do bebê, sendo mais comum em mulheres que têm diabetes tipo 1 ou outras doenças autoimunes.

Durante a gravidez, a mulher fica exposta aos tecidos do bebê, e para prevenir a rejeição, o sistema imune passa por diversas alterações, podendo aumentar as chances do desenvolvimento de doenças autoimunes.

O que fazer: a tireoidite pós parto costuma se manifestar com sintomas de hipotireoidismo, mas nem sempre precisa de tratamento porque a função da tireoide pode voltar ao normal em 6 a 12 meses. No entanto, caso os hormônios da tireoide continuem alterados, o médico pode indicar o uso da levotiroxina.

6. Bócio

Bócio é o aumento do tamanho da tireoide, podendo ter diversas causas, que incluem a falta de iodo, inflamação da tireoide por doenças autoimunes ou pela formação de nódulos na tireoide.

O bócio pode provocar sintomas como sensação de aperto na garganta, dificuldade para engolir, rouquidão, tosse e, nos casos mais graves, até dificuldade para respirar.

O que fazer: o tratamento do bócio é feito pelo endocrinologista e varia de acordo com a causa, podendo envolver o uso de iodo, remédios para hiper ou hipotireoidismo ou, em casos de nódulos e cistos, até a realização de cirurgia da tireoide. Saiba mais sobre o que é bócio, como identificar e tratar.

7. Doença de Graves

A doença de Graves é uma forma de hipertireoidismo por causas autoimunes, e, além dos sintomas de hipertireoidismo, pode apresentar o aumento da tireoide, olhos salientes (retração palpebral), formação de placas endurecidas e avermelhadas sob a pele (mixedema).

O que fazer: o tratamento é feito pelo endocrinologista para controlar os níveis dos hormônios tireoidianos, podendo ser indicado medicamentos, como propiltiouracil ou metimazol, por exemplo, ou com iodo radioativo. Confira todos os tratamentos para a doença de Graves.

8. Nódulo na tireoide

O nódulo na tireoide é uma lesão arredondada, que na maioria das vezes é benigna, podendo se apresentar através de um caroço na parte anterior do pescoço, que não causa dor, mas que pode ser visto quando a pessoa engole os alimentos, por exemplo.

No entanto, em alguns casos, o nódulo na tireoide pode ser maligno, e por isso na presença de caroço na tireoide, deve-se consultar o endocrinologista para realização de exames, como ultrassonografia ou PAAF, para saber o seu tipo e se ele é benigno ou maligno. Saiba como é feito o exame PAAF.

O que fazer: geralmente, o tratamento do nódulo benigno é feito apenas com acompanhamento do endocrinologista para avaliar o crescimento do nódulo. No entanto, quando a pessoa apresenta sintomas, quando existe risco de câncer na tireoide ou quando o nódulo muda a aparência ou cresce, o tratamento pode ser feito com cirurgia. Confira as opções de tratamento para o nódulo na tireoide.

9. Câncer de tireoide

O câncer de tireoide é um tipo raro de tumor maligno, e geralmente nos estágios iniciais não causa sintomas, mas à medida que o câncer evolui, podem surgir dificuldade para engolir, inchaço no pescoço ou alterações na voz. Veja outros sintomas que podem indicar câncer de tireoide.

O diagnóstico do câncer de tireoide é feito pelo endocrinologista através do exame PAAF, e e quando é descoberto deve-se realizar exames, como a cintilografia de corpo inteiro, para saber se outras partes do corpo foram afetadas.

O que fazer: o tratamento é feito com a retirada da tireoide através de uma cirurgia, e pode haver necessidade de outras terapias complementares como o uso do iodo radioativo, por exemplo. Nos casos de tumores mais graves e agressivos pode-se recorrer também a radioterapia.

Assista ainda ao vídeo seguinte e saiba que alimentação fazer durante o tratamento de câncer de tireoide:

Alimentação SEM IODO | Iodoterapia

04:49 | 115.217 visualizações

Quais exames identificam problemas na tireoide

Os exames que podem indicar a presença de alterações na tireoide são a dosagem de T3, T4 e TSH no sangue.

Além disso, outros exames, como dosagem de anticorpos, ultrassonografia, cintilografia ou biópsia, podem ser pedidos pelo endocrinologista para investigar melhor o motivo das alterações. Saiba mais sobre os exames que avaliam a tireoide.

Marque uma consulta com um endocrinologista na região mais próxima:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Vídeos relacionados

Sinais que a sua TIREOIDE não está bem

06:35 | 14.993 visualizações

Alimentação SEM IODO | Iodoterapia

04:49 | 115.217 visualizações