O vinho é uma bebida que poderia promover alguns benefícios para a saúde, como diminuir o risco de problemas cardiovasculares, aumentar a longevidade e manter a saúde da flora intestinal.
Esses possíveis benefícios se devem à presença no vinho de taninos, flavonoides e resveratrol, fitonutrientes presentes principalmente na casca da uva roxa e que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Leia também: Resveratrol: o que é, para que serve, onde encontrar e contraindicações tuasaude.com/resveratrolEntretanto, a Organização Mundial da Saúde declara que não existe quantidade segura de álcool e a Associação Americana do Coração não recomenda o consumo de bebidas alcoólicas para se obter benefícios à saúde. Além disso, os fitonutrientes presentes no vinho também são encontrados em outros alimentos, como uva, suco de uva roxa, cacau e frutas vermelhas.

Possíveis benefícios do vinho
Os possíveis benefícios que o vinho tinto poderia oferecer para a saúde são:
- Diminuir o risco de aterosclerose, porque poderia aumentar os níveis de colesterol "bom”, o HDL;
- Ajudar a evitar pressão arterial, pois ajudaria a relaxar os vasos sanguíneos, facilitando a circulação do sangue;
- Diminuir o risco de câncer, pois acredita-se que o vinho pode combater o excesso de radicais livres, um dos responsáveis pelos danos às células saudáveis do corpo;
- Evitar doenças crônicas, como artrite ou problemas na pele, devido a sua ação anti-inflamatória e antioxidante;
- Reduzir os níveis do colesterol “ruim”, o LDL, no sangue, por ter ação antioxidante e anti-inflamatória;
- Prevenir trombose e derrame, porque possui ação antioxidante, podendo evitar a oxidação das células de gordura e a formação de placas de gordura nas artérias;
- Fortalecer o sistema imunológico, por conter ação anti-inflamatória, fortalecendo as células de defesa;
- Evitar a diabetes, pois poderia prevenir a resistência à insulina, o hormônio responsável pelo controle dos níveis de glicose no sangue;
- Aumentar a longevidade, pois os antioxidantes ajudariam a ativar a telomerase, uma enzima que protege as extremidades dos cromossomos do DNA;
- Manter a saúde da flora intestinal, pois pode remodelar a microbiota intestinal, ajustando a qualidade e a quantidade das bactérias benéficas no intestino.
É importante ressaltar que os estudos científicos ainda não conseguiram comprovar se o vinho está diretamente relacionado com os benefícios à saúde.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde afirma que não existem quantidades seguras para a ingestão de álcool e a Associação Americana do Coração não recomenda beber vinho ou qualquer outra bebida alcoólica para se obter benefícios na saúde.
É importante ressaltar também que os compostos antioxidantes presentes no vinho, também são encontrados em altas quantidades em muitos alimentos, como uva, suco de uva roxa, cacau e frutas vermelhas.
Tabela de informação nutricional
A tabela a seguir traz a informação nutricional de 100 ml de vinho tinto, vinho branco e suco de uva:
Para se obter os possíveis benefícios com o consumo do vinho, é importante também manter uma alimentação equilibrada e saudável, associada a prática regular de exercícios físicos.
Quantidade máxima recomendada
A Associação Americana do Coração não recomenda consumir bebidas alcoólicas em geral. Entretanto, para quem decide beber, esta associação recomenda que a ingestão máxima segura de vinho por dia seja de até 148 ml para mulheres e de até 295 ml para homens.
Já a Organização Mundial da Saúde não recomenda nenhuma quantidade de vinho ou qualquer outra bebida alcoólica.
Possíveis riscos do vinho
Por conter álcool, o consumo do vinho pode aumentar o risco de condições como:
- Alcoolismo;
- Alguns tipos de câncer, como de boca, mama, intestino, garganta, fígado e esôfago;
- Problemas no fígado, como cirrose hepática e gordura no fígado;
- Obesidade;
- Doenças cardiovasculares, como infarto e insuficiência cardíaca.
Além disso, a ingestão excessiva de vinho também pode causar problemas de memória, ansiedade, depressão e diabetes tipo 2.
Quem não pode consumir
O vinho não deve ser consumido por mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Da mesma forma que essa bebida não é indicada para menores de 18 anos e para pessoas que estejam dirigindo.
Pessoas que estejam em tratamento ou recuperação do alcoolismo ou que possuem dificuldades de controlar a quantidade de consumo de bebidas alcoólicas, não devem consumir o vinho.
Além disso, pessoas que usam medicamentos regularmente ou que possuem problemas de saúde, devem sempre consultar um médico antes de consumirem o vinho.
Dúvidas comuns sobre o vinho
Algumas dúvidas comuns sobre o vinho são:
1. Vinho tem álcool?
Sim, o vinho tem álcool, um composto que é produzido a partir da fermentação dos açúcares das uvas pelas leveduras.
O teor alcoólico do vinho varia conforme o tempo de cultivo das uvas, o clima e o solo, por exemplo.
2. Existem benefícios do vinho na gravidez?
Não existem benefícios do vinho na gravidez.
A ingestão de vinho ou outra bebida alcoólica na gravidez pode aumentar o risco de defeitos congênitos ou síndrome alcoólica fetal no bebê, que é um conjunto de deficiências físicas, comportamentais ou intelectuais causadas pelo consumo de álcool em qualquer fase da gravidez.
Leia também: Síndrome alcoólica fetal: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/sindrome-alcoolica-fetalAlém disso, o consumo de álcool durante a gravidez também pode aumentar o risco de complicações, como parto prematuro e aborto espontâneo.
3. Pode tomar vinho amamentando?
Não é recomendado tomar vinho enquanto estiver amamentando. Isso porque o álcool é eliminado no leite materno, podendo diminuir as habilidades de pensamento e raciocínio da criança em uma idade mais avançada.