Hepatite D é uma infecção causada pelo vírus da hepatite D (HDV), provocando inflamação no fígado e sintomas, como febre, náuseas, vômitos, dor abdominal ou pele e olhos amarelados.
Esse tipo de hepatite geralmente afeta pessoas que têm hepatite B, pois o vírus da hepatite D utiliza o antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) para se multiplicar e infectar as células do fígado. Saiba mais sobre a hepatite B.
O tratamento da hepatite D, também conhecida como hepatite delta, é feito pelo hepatologista ou infectologista e varia de acordo com a gravidade da infecção, podendo ser indicado o uso de remédios ou transplante de fígado.
Sintomas de hepatite D
Os principais sintomas de hepatite D são:
- Febre;
- Dor abdominal;
- Náuseas e vômitos;
- Pele e olhos amarelados;
- Urina clara e fezes escuras;
- Hematomas ou sangramento fácil;
- Confusão mental.
Assim como as outras hepatites, a hepatite D pode não apresentar sintomas iniciais, no entanto, os sintomas podem surgir cerca de 2 a 7 semanas após a infecção inicial, no caso da hepatite aguda, devido aos danos causados pelo vírus no fígado. Conheça os principais tipos de hepatite.
É importante consultar o hepatologista, infectologista ou clínico geral sempre que surgirem sintomas de hepatite D, para que seja diagnosticada e iniciado o tratamento mais adequado.
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Teste online de sintomas
Para saber o risco de estar com hepatite D, selecione no teste a seguir os sintomas que pode estar sentindo:
O teste de sintomas é apenas uma ferramenta de orientação, não servindo como diagnóstico e nem substituindo a consulta com o hepatologista, infectologista ou clínico geral.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da hepatite D é feito pelo hepatologista, infectologista ou clínico geral através da avaliação dos sintomas, histórico de infecção por hepatite B, além de histórico geral de saúde e exame físico.
Além disso, o médico deve solicitar exames, como imunoglobulina G (IgG) e imunoglobulina M (IgM) anti-HDV, que normalmente têm os níveis altos, além de exames que avaliam a saúde do fígado. Veja os principais exames que avaliam o fígado.
Para confirmar o diagnóstico, o médico também deve solicitar um exame de RT-PCR para avaliar a presença de RNA do vírus da hepatite D no sangue.
Como acontece a transmissão
A transmissão do vírus da hepatite D ocorre através de:
- Contato direto com o sangue e secreções de uma pessoa contaminada;
- Relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada;
- Compartilhamento de objetos de higiene pessoal como lâminas de barbear ou depilar e instrumentos de manicure ou pedicure;
- Material contaminado com sangue ou secreções como agulhas, instrumentos usados para fazer tatuagens, acupuntura, piercings ou procedimentos médicos ou odontológicos;
- Transfusão de sangue (mais relacionadas ao período anterior a 1993).
- Transfusão de sangue antes de 1993, uma vez que nesse período ainda não era feita a testagem do sangue para o vírus da hepatite D;
Além disso, apesar de ser mais raro, o vírus da hepatite D pode ser transmitido durante o parto para o bebê.
Porque a hepatite D precisa da B?
A hepatite D precisa da hepatite B pois usa seu antígeno de superfície HBsAg para que consiga se multiplicar e infectar as células do fígado.
Por isso, a hepatite D ocorre em pessoas com hepatite B.
Como é feito o tratamento
O tratamento da hepatite D deve ser feito com orientação do hepatologista, infectologista ou clínico geral, que pode indicar o uso de remédios como interferon alfa, 1 vez por semana por pelo menos 1 ano.
Esse remédio tem como objetivo impedir a multiplicação do vírus e evitar os danos no fígado.
No caso da infecção evoluir e causar cirrose no fígado, o médico pode indicar a realização do transplante de fígado. Saiba como é feito o transplante de fígado.
Hepatite D tem cura?
A hepatite D não tem cura, uma vez que não existem remédios que sejam capazes de eliminar o vírus da hepatite D, mas apenas controlar a sua multiplicação.
Como evitar a hepatite D
Para evitar a hepatite D, é recomendado:
- Tomar a vacina da hepatite B, uma vez que a infecção pelo vírus da hepatite D está associada à infecção pela hepatite B;
- Usar preservativo em todas as relações sexuais;
- Não compartilhar agulhas e seringas;
- Não compartilhar objetos pessoais, como lâminas de barbear ou depilar, escova de dentes ou instrumentos de manicure ou pedicure, como alicates, por exemplo.
No caso de se fazer tatuagem, piercing, acupuntura ou procedimentos médicos ou odontológicos, deve-se certificar que todos os materiais estão corretamente esterilizados e de que as agulhas e seringas são descartáveis.