Resistência à insulina: o que é, sintomas, causas e tratamento

A resistência à insulina acontece quando as células do corpo não respondem à ação desse hormônio e têm dificuldade para absorver a glicose do sangue, o que estimula uma produção de mais insulina, aumentando os níveis desse hormônio no sangue.

A resistência à insulina pode surgir devido a alguns fatores, como alteração genética e obesidade, por exemplo, e muitas vezes não causa sintomas. No entanto, com o passar do tempo, o pâncreas pode diminuir a produção de insulina, aumentando os níveis de glicose no sangue e o risco de se desenvolver a diabetes tipo 2.

O diagnóstico da resistência à insulina deve ser feito por um endocrinologista, ou clínico geral, que vai avaliar histórico de saúde da pessoa e da família, e poderá também solicitar exames de sangue, como glicemia, insulina ou índice de HOMA.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas que podem surgir na resistência à insulina são:

  • Sede excessiva;
  • Aumento da fome;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Cansaço excessivo;
  • Visão embaçada;
  • Dor de cabeça;
  • Pele escura nas axilas, costas ou pescoço, uma condição chamada acantose nigricans.

As pessoas com resistência à insulina também têm altos níveis de insulina, o que equilibra os níveis de açúcar no sangue, evitando o surgimento de sintomas.

No entanto, com o passar do tempo, o pâncreas pode diminuir a produção de insulina, causando o aumento dos níveis de glicose no sangue, causando o surgimento desses sintomas.

Diferença entre resistência à insulina e pré-diabetes

A pré-diabetes é uma situação que antecede a diabetes tipo 2, onde os níveis de glicose no sangue em jejum se encontram entre 100 e 125 mg/dl, podendo ser causada pela resistência à insulina . Entenda melhor o que é a pré-diabetes.

Já a resistência à insulina é uma condição onde as células do corpo não respondem à ação desse hormônio. No entanto, quando a resistência à insulina não é tratada, o pâncreas pode diminuir a produção de insulina, causando o aumento dos níveis de glicose no sangue e a pré-diabetes.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da resistência à insulina deve ser feito pelo endocrinologista, ou clínico geral, que vai avaliar os sintomas e sinais apresentados, e o histórico de saúde e familiar da pessoa.

Para avaliar o risco de resistência à insulina, marque uma consulta com o endocrinologista na região mais próxima de você:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Além disso, para confirmar o diagnóstico, o médico também pode solicitar alguns exames de sangue, como:

1. Exame de glicemia de jejum

À medida que a resistência à insulina piora, os níveis de glicose no sangue podem ficar elevados também em jejum. Por isso, o médico pode pedir o exame de glicemia de jejum.

A glicemia de jejum é feita com 8 a 12 horas de jejum, sendo colhida uma amostra de sangue que depois é avaliada em laboratório. Os valores de referência são:

  • Normal: inferior a 99 mg/dL;
  • Glicemia de jejum alterada: entre 100 mg/dL e 125 mg/dL;
  • Diabetes: igual ou superior a 126 mg/dL pelo menos em dois exames.

É importante lembrar que durante a resistência à insulina os níveis de glicose ainda podem estar equilibrados no sangue, porque o organismo estimula o pâncreas a produzir maiores quantidades de insulina.

2. Teste oral de intolerância à glicose (TOTG)

Este teste é um exame feito através da medição do valor da glicose no sangue antes e após a ingestão de cerca de 75 g de um líquido açucarado. A interpretação desse exame pode ser feita 2 horas após a ingestão do líquido, da seguinte forma:

  • Valor normal: até 140 mg/dl;
  • Resistência à insulina: entre 140 e 199 mg/dl;
  • Diabetes: igual ou superior a 200 mg/dl.

O teste oral de tolerância à glicose, ou curva glicêmica costuma ser solicitado somente quando o exame de glicose em jejum está alterado. Entenda melhor como é feita a curva glicêmica.

3. Índice de HOMA

Outra forma de diagnosticar a resistência à insulina é através do índice de HOMA, que é uma medida que ajuda a avaliar a resistência à insulina (HOMA-IR) e as funções do pâncreas (HOMA-Beta). Os valores normais do índice de HOMA geralmente são os seguintes:

  • Valor de Referência do HOMA-IR: inferior a 2,5;
  • Valor de Referência do HOMA-Beta: entre 167 e 175.

Estes valores de referência podem variar de acordo com cada laboratório, além de também poderem variar no caso de pessoas com o Índice de Massa Corporal (IMC) muito alto. Por isso, esse exame deve ser sempre interpretado pelo médico.

Insira, na calculadora a seguir, o resultado do seu exame de glicemia e de insulina para saber o seu HOMA-IR:

mg/dL
Erro
ui/ml
Erro

Possíveis causas

Embora ainda não se saiba a causa exata da resistência à insulina, alguns fatores podem estar relacionados com o surgimento dessa condição, como ter familiares com resistência à insulina ou com diabetes, por exemplo.

Outros fatores que também podem promover o desenvolvimento da resistência à insulina, são:

  • Sedentarismo;
  • Sobrepeso ou obesidade, principalmente com excesso de gordura abdominal;
  • Gordura no fígado e pâncreas;
  • Dieta rica em carboidratos e gorduras saturadas.

Além disso, algumas alterações hormonais também podem aumentar as chances de desenvolver resistência à insulina, incluindo síndrome do ovário policístico, síndrome de Cushing e hipotireoidismo, por exemplo.

Como é o tratamento

O tratamento da resistência à insulina deve ser feito com a orientação do clínico geral ou endocrinologista, incluindo acompanhamento dos níveis de glicose no sangue e mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos regularmente, perder peso e manter uma alimentação saudável e variada. Veja o que comer para controlar a resistência à insulina.

Em casos de risco muito aumentado para a diabetes, o médico também poderá prescrever o uso de medicamentos, como a metformina, um remédio que melhora a sensibilidade da insulina nas células, ajudando a controlar os níveis de glicose no sangue.

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