O que é:
A dieta flexível é uma alimentação baseada no controle de calorias e de macronutrientes, como carboidratos, proteínas e gorduras da dieta, ajudando na substituição dos alimentos, sendo indicada para quem quer emagrecer, principalmente para pessoas com dificuldades em mudar o hábito alimentar.
No entanto, apesar de se ter maior flexibilidade na escolha dos alimentos durante a dieta, é importante priorizar o consumo de alimentos saudáveis, evitando a ingestão de alimentos ricos em açúcar e gordura, para ajudar no alcance do peso desejado.
A dieta flexível foi desenvolvida por Anthony Collova e até o momento não possui comprovação científica. Por isso, para perder peso de forma saudável e sustentável, é aconselhado passar por uma consulta com um nutricionista, para avaliar as preferências e necessidades nutricionais individuais, auxiliando na mudança do comportamento alimentar. Veja algumas dicas para emagrecer com saúde.
Como fazer a dieta
Para fazer a dieta flexível o primeiro passo é calcular as calorias, que se deve consumir por dia para emagrecer e, depois, a quantidade de macronutrientes da dieta.
1. Cálculo das calorias da dieta
Para calcular as calorias da dieta, deve-se considerar a energia que o organismo gasta para manter as funções básicas, como o respirar, o funcionamento do cérebro ou os batimentos do coração, e a energia que é gasta em atividades “extra” feitas ao longo do dia, como cozinhar, trabalhar ou praticar exercícios físicos.
Uma forma simples de calcular as calorias da dieta, é colocando seus dados nessa calculadora:
Após o cálculo do gasto calórico, deve-se subtrair de 15 a 20% desse total, o que corresponderá às calorias da dieta para emagrecer.
Por exemplo: uma pessoa com um gasto calórico diário de 2000 calorias, precisa reduzir de 300 (15%) a 400 (20%) calorias da dieta. Por isso, essa pessoa deverá consumir entre 1600 e 1700 calorias por dia, para emagrecer.
2. Cálculo dos macronutrientes da dieta
De acordo com Anthony Collova, para calcular a quantidade de macronutrientes que se deve consumir por dia, basta seguir as recomendações a seguir:
- Proteína: durante a dieta é recomendado consumir 0,8 g de proteína por Kg do peso que se deseja alcançar. Para isso, basta multiplicar o peso desejado por 0,8;
- Gordura: a quantidade recomendada de gordura é de 0,3 a 0,4g por Kg do peso desejado. Para esse cálculo, deve-se multiplicar o peso que quer alcançar por 0,3 ou 04;
- Carboidratos: o restante das calorias da dieta devem ser completadas com os alimentos fonte de carboidratos.
Por exemplo: uma mulher de 36 anos, com 50 Kg, que não pratica atividade física e quer alcançar 47 Kg de peso corporal, precisa consumir 1548 calorias (1935 calorias do cálculo do gasto calórico - 20%) para emagrecer, que devem ser distribuídas como no cálculo a seguir:
- Proteínas: 0,8 g de proteína X 47 Kg (peso desejado) = 37,6 g de proteína. Cada 1 g de proteína contém 4 calorias, logo o total em 37,6 g de proteína é igual a 150,4 calorias;
- Gordura: 0,4 g de gordura X 47 Kg (peso desejado) = 18,8g de gordura. Cada 1 g de gordura contém 9 calorias, logo o total de energia em 18,8 g de gordura é igual a 169,2 calorias;
- Carboidratos: a quantidade de carboidratos é calculada diminuindo-se as calorias totais da dieta (1548) pelas calorias da proteína (150,4) e gordura (169,2). Ou seja, a quantidade de energia de carboidratos deve ser igual a 1228,4 calorias por dia.
Como cada 1 g de carboidrato contém 4 calorias, logo a quantidade de carboidratos que se deve consumir na dieta é de 307,1 g por dia.
3. Controlar os macronutrientes e as calorias da dieta
Uma opção para ajudar a controlar a quantidade de macronutrientes e calorias que se consome por dia, é pesar os alimentos em balanças caseiras ou verificar, no rótulos dos produtos, a quantidade de calorias, proteínas, carboidratos e gorduras em cada porção do alimento. Veja como ler o rótulo dos alimentos.
Outra forma prática de controlar o consumo de macronutrientes é utilizando aplicativos que podem ser instalados no smartphone e que calculam a quantidade de macronutrientes e calorias para cada porção dos alimentos informados.
O que comer
Durante a dieta flexível, não existe restrição de alimentos, sendo importante apenas seguir a quantidade de macronutrientes recomendadas de acordo com o peso que se deseja alcançar.
Além disso, o criador da dieta também recomenda beber de 3 a 4 litros de água por dia, que pode incluir também chás, sucos ou café.
1. Alimentos fonte de carboidratos
Os alimentos fonte de carboidratos são aqueles conhecidos por "massas" e incluem:
- Farinhas, como farinha de trigo, farinha de mandioca, farinha de arroz, amido de milho, tapioca, cuscuz e polvilho;
- Pães, como pão integral, pão italiano e pão francês;
- Cereais, como arroz, macarrão, quinoa, aveia e milho;
- Tubérculos, como batata inglesa, batata doce, aipim, cará e inhame;
- Açúcar e doces em geral, como bolo, sorvete, bolacha e chocolate;
- Frutas, como banana, melancia, laranja, pera, maçã e tangerina;
- Bebidas açucaradas, como sucos, refrigerantes, energéticos e água de coco;
- Cerveja.
Além disso, leguminosas, como feijão, soja, lentilha, grão-de-bico e ervilha também têm boas quantidades de carboidratos. Confira a quantidade de carboidratos dos alimentos.
2. Alimentos ricos em proteínas
Os alimentos ricos em proteínas são principalmente os de origem animal e incluem:
- Carne bovina, frango, peru, peixes e frutos do mar;
- Ovos;
- Queijos;
- Leite e iogurte natural.
Os alimentos de origem vegetal, como tofu, lentilha, feijão e grão de bico e aveia também contém ótimas quantidades de proteína. No entanto, esses alimentos também contêm carboidratos, sendo importante ter cuidado para não ultrapassar a quantidade deste macronutriente na dieta. Veja a quantidade de proteínas nos alimentos de origem animal e vegetal.
3. Alimentos fonte de gorduras
Os alimentos fonte de gorduras são:
- Gorduras vegetais, como azeite extravirgem, óleo de coco e óleo de abacate;
- Manteiga;
- Oleaginosas, como castanhas, amêndoas, amendoim e nozes;
- Sementes, como chia, linhaça, gergelim, semente de abóbora e de girassol.
Além disso, alimentos como salmão, sardinha, atum também são ricos em gorduras e podem ser consumidos. Conheça a quantidade de gordura presente nos alimentos.
Cardápio da dieta flexível
A tabela a seguir contém um exemplo de cardápio de 3 dias, com 1500 calorias:
Esta tabela é apenas um modelo de cardápio, que pode variar de acordo com as preferências individuais e o peso objetivo, sendo, por isso, recomendado passar por uma consulta com um nutricionista para uma avaliação das necessidades nutricionais e elaborar um cardápio personalizado.
Vantagens da dieta flexível
Por diminuir a quantidade de calorias da alimentação, a dieta flexível pode ajudar no emagrecimento.
A dieta flexível é fácil de seguir, porque não existe um cardápio fixo que se deve seguir. Além disso, a dieta não proíbe nenhum alimento, ajudando a incluir somente os alimentos que mais gosta na alimentação.
Quem não deve fazer a dieta
Por não considerar as vitaminas dos alimentos, como vitamina A, vitamina C e minerais, como ferro, zinco e potássio, a dieta flexível não é indicada para quem sofre de deficiência de algum desses micronutrientes, como no caso da anemia.
Além disso, por ser uma dieta com alta ingestão de carboidratos, a dieta flexível pode não ser uma boa opção para pessoas que têm diabetes.
A dieta flexível não favorece a introdução de novos alimentos no dia a dia, podendo dificultar a mudança do hábito alimentar, que é um dos principais responsáveis não só pelo emagrecimento, mas também pela manutenção do peso alcançado.